domingo, 16 de outubro de 2011

do projeto ao concreto

Do final de 2010 a junho de 2011 eu não menstruei se quer uma vez sem fazer um exame de farmácia que dava sempre negativo e me aliviava a TPM trazendo a menstruação. Nós resolvemos ser pais e decidimos engravidar. Mas em junho de 2011 eu finalmente engrenei no projeto do livro e toda a minha vida passaria a seguir um cronograma. Passei o final de julho e início de agosto viajando pelos interiores do Pará e quando voltei, já havia menstruado e estava, para minha surpresa, com suspeita de malária. Depois de alguns dias brincando de paciente do Dr. House no Ambulatório dos Viajantes do HC, os médicos descobriram que todos aqueles sintomas não eram uma doença amazônica e sim uma simples diarréia bacteriana que me enfraqueceu e me deu uma bela gripe pra arrematar.
Depois de medicada e já com a confirmação de que não tinha trazido alguma peste amazônica pra São Paulo, fiquei mais alegrinha e não deu pra segurar a saudade do marido, mesmo sendo dias férteis pra mim.
No feriado de 7 de setembro, cinco dias depois da data da menstruação que não veio, quem comprou o teste de farmácia foi ele, pela primeira vez. Mandei comprar um que medisse HCG, apesar do despreparo do balconista que não fazia idéia do que era HCG, ele trouxe o exame certo. Depois do xixi na tirinha, apareceram duas risquinhas fortes, mesmo não sendo meu primeiro xixi do dia. Isso queria dizer que estava grávida, muito grávida!
Acho que com tantos negativos, ele até esqueceu o que eu tinha ido fazer no banheiro... Quando saí, fiquei ali sentada ao lado dele no sofá por vários minutos em silencio, estava em choque. Depois fui pro computador tentar trabalhar, e então quando parecia que minha voz poderia sair novamente eu perguntei pra ele se ele não queria saber o resultado do exame. Ele respondeu afirmativamente e depois que eu disse que deu positivo ainda tive que repetir algumas vezes, ele não acreditava, ficou muito feliz, me abraçou e eu comecei a chorar. Ele perguntou por que eu estava chorando e a resposta foi: estou morrendo de medo!
Sim, é isso, apesar de termos planejado, apesar de eu querer ser mãe, eu ainda não sei como raios vou conseguir me transformar, de filha órfã que sou, em mãe!

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